Adrian Purnell tenta dar o bote em cima de Chrisdell Harris, que está com a bola, em jogo de futebol americano de lingerieHenry Romero / REUTERS.
RIO - Não só com rostos barbados e pernas cabeludas será preenchido o calendário esportivo brasileiro em 2014, quando pela segunda vez o país sediará a Copa do Mundo de futebol. Para quem gosta de ver mulheres bonitas e em forma, correndo com a bola oval nos braços em trajes sensuais, será algo de encher os olhos quando as seleções de Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa participarem também no Brasil, em julho de 2014, do World Bowl (Campeonato Mundial) da Legends Football League, a liga de futebol americano em que mulheres tão bonitas quanto atléticas disputam a modalidade.
A cidade-sede brasileira ainda não foi anunciada, o que deverá ocorrer nas próximas semanas. O mais provável é que seja São Paulo. Fundada em 2009 por Mitchell S. Mortaza, aproveitando o recesso dos principais campeonatos masculinos — NBA, NFL (futebol americano), NHL (hóquei no gelo) e MLS (futebol) — a liga era chamada inicialmente de Lingerie Football League (LFL) por causa dos sensuais uniformes. Este ano, porém, à medida em que a organização está se globalizando — já está nos EUA, Canadá, Austrália, Irlanda e outros países europeus —, mudou o nome oficial para Legends Football League, embora popularmente a palavra lingerie tenha se mantido. O site oficial www.lflus.com anunciou que a liga chegou a um acordo para promover no Brasil o World Bowl. A página oficial informou que o jogo será disputado num importante estádio brasileiro.
De acordo com a LFL, cada uma dessas seleções nacionais será representada por uma comissão técnica e por 20 atletas numa série de partidas em julho do ano que vem. As equipes serão convocadas daqui a um ano, em março de 2014. Cada um dos dois jogos classificatórios e a final, o LFL World Bowl, serão disputados entre as partidas da Copa do Mundo de futebol, aproveitando o mesmo clima festivo, mas sem competir com o principal esporte brasileiro. A liga já divulgou que na primeira fase os EUA vão enfrentar o Canadá, e a Austrália vai pegar a Europa. Os vencedores avançarão para a primeira final do LFL World Bowl, em12 de julho de 2014, véspera da final da Copa do Mundo, que será no dia 13 de julho.
De acordo com Mortaza, o World Bowl será disputado a cada quatro anos, no mesmo país da Copa, para dar ainda mais visibilidade a uma liga que está na TV de 45 países, inclusive no Brasil. O projeto é chegar a 170 nações.
A a LFL já tem campeonatos nos EUA e no Canadá. Nesta semana, está abrindo a temporada australiana. No caso da liga americana, a temporada vai começar a 20 de março, reunindo 12 times. No Canadá e Austrália, são quatro em cada. Na Europa, haverá times em cidades como Barcelona, Frankfurt, Düsseldorf, Manchester e Dublin.
Sobre o evento no Brasil, a expectativa dos organizadores é a de que cada dia de jogo reúna de 30 mil a 50 mil torcedores.
— Assegurar o estádio ideal é o primeiro passo no nosso desenvolvimento. Com toda a certeza, vai ser uma experiência surreal para nossos dirigentes, jogadoras e técnicos. A magnitude deste campeonato será algo incrível para o nosso esporte, coroando um verdadeiro campeão do mundo — ressaltou Mortaza.
Por um liga sul-americana
Os dirigentes da LFL querem se firmar no mercado brasileiro e sul-americano. A entidade planeja lançar a versão sul-americana da liga em 2016, na Argentina e pelo menos duas equipes no Brasil (São Paulo, Brasília ou Rio). Partidas dessa liga são transmitidas pelo BandSports.
Para o jornalista Paul Wachter, da revista econômica “Businessweek”, a LFL é a modalidade feminina que mais cresce nos EUA. E antes que alguém imagine se tratar apenas de mulheres bonitas expondo seus corpos, dirigentes da LFL esclarecem que se trata de esporte de verdade, com mulheres que começaram praticando outras modalidades, como atletismo, futebol, futebol americano colegial e rúgbi.
— São apenas peças de roupas, mas nós jogamos futebol americano de verdade — garante Anne Erler, que joga no time canadense Sirens.
A primeira experiência, extraoficial, deu-se na última década, em 2004, durante os intervalos do tradicional Super Bowl, a final do campeonato da National Football League, a liga nacional de futebol americano. Mesmo sensuais, os uniformes incluem capacetes semelhantes ao do hóquei no gelo e proteções para ombros, cotovelos e joelhos, já que a modalidade é de muito contato.
O campo mede 50 metros, e a partida tem dois tempos de 17 minutos. São sete jogadoras de cada lado, e, como no futebol americano da NFL um touchdown (quando o jogador cruza a linha de fundo adversária com a bola) vale seis pontos.
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